A disputa pelas cadeiras nas câmara municipais do Espírito Santo revela um perfil etário e educacional de quem está concorrendo para assumir os legislativos locais. Com maioria de homens (66%) e brancos (42%) e pardos (43%), os 9.151 nomes à disposição dos eleitores para compor as casas legislativas ainda pouco representam estatisticamente a população. Mulheres representam 34% e pretos, 14,1%, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral.
Os candidatos mostram uma clara inclinação para a faixa etária que está em plena maturidade política e profissional. Com uma presença robusta, 11,89% dos postulantes têm entre 35 e 39 anos, e 16,81% estão na faixa dos 45 a 49 anos, evidenciando um predomínio da faixa intermediária da vida adulta.
O grupo dos 30 a 34 anos também se destaca, com 6,39% dos candidatos, enquanto a juventude, representada por aqueles de 18 a 24 anos, permanece em uma posição modesta, com apenas 1,38% do total. A faixa etária mais avançada também tem destaque. Os candidatos de 60 a 64 anos compõem 9,39% do quadro, e aqueles entre 65 e 69 anos somam 4,67%, sugerindo que a sabedoria acumulada ao longo dos anos continua a ter valor.
O perfil educacional dos candidatos revela uma ampla gama de níveis de formação. O ensino médio completo domina o cenário, com 42,61% dos candidatos alcançando esta escolaridade. No entanto, também há uma quantidade considerável com ensino fundamental completo (11,45%) e incompleto (12,44%). A educação superior está bem representada, com 23,37% dos candidatos possuindo graduação completa, e 3,64% com superior incompleto. Os analfabetos são uma minoria ínfima, apenas 0,05%, e aqueles com apenas a capacidade de ler e escrever somam 1,88%.
Esses dados não só desenham um panorama da configuração atual da política municipal no Espírito Santo, mas também revelam as características e as trajetórias dos candidatos que vão moldar o futuro das câmaras municipais.