Ao que parece, as eleições em Vitória vão de vento em popa para a direita. O prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) e o deputado estadual Capitão Assumção (PL) acumularam juntos a maior parte das intenções de voto na última pesquisa, divulgada em maio deste ano. O prefeito tem se mostrado bastante confortável com sua liderança, ainda que exista um risco para ele de segundo turno contra o deputado estadual João Coser (PT).
Ele tem três boas opções de vice, seu ex-secretário Aridelmo Teixeira (Novo), a presidente licenciada da Findes, Cris Samorini (PP), e o presidente da Câmara de Vitória, Leandro Piquet (PP). Todos estiveram ontem (12) reunidos com o presidente do Republicanos, Erick Musso, que não quis entregar muita coisa acerca da escolha.
Devem ser consideradas pesquisas internas, avaliações entre os militantes do partido e também a relação do candidato com o prefeito Lorenzo Pazolini, haja vista que no mandato vigente a vice, Capitã Estéfane (Podemos), e o prefeito não se dão bem.
A escolha de Cris Samorini, para além de trazer toda a experiência da Findes e o tino para negócios, teria a vantagem de suavizar a imagem do prefeito diante das mulheres, muito desgastada pela relação conflitante com a capitã.
A Vírgula já analisou que Cris Samorini larga na frente na disputa. Ela está licenciada da Findes, e em julho, com o fim de seu mandato fica totalmente liberada para se dedicar ao pleito. A chapa composta por Pazolini e Cris Samorini teria ares de diversidade e novidade.
O correligionário de Cris, Leandro Piquet, tem a seu favor o fato de estar se demonstrando um bom aliado do prefeito, da mesma forma que Aridelmo. Contudo, nenhum dos dois homens cotados a vice trazem o ar de nova política que anda junto com Samorini e tanto agrada o prefeito Lorenzo Pazolini.
Esta semana, ainda houve a conversa entre Erick Musso, presidente do Republicanos, e Renzo Vasconcelos (PSD), presidente estadual do PSD, que abriu a possibilidade de uma dobradinha Colatina-Vitória entre os dois partidos. Por enquanto, o PSD está na base do ex-prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), mas não nega a possibilidade de apoiar Pazolini, já que em Colatina o Republicanos está apoiando o próprio Renzo em seu pleito à prefeitura.
Em seu conforto diante do cenário, Pazolini ousa em suas inaugurações de parquinhos, discursos auto-exaltantes, asfaltamento sobre asfalto e atrasos de entregas em áreas que já são de oposição, como é o caso do setor cultural. Os artistas contemplados na Lei Paulo Gustavo e os restaurantes fechados pela prefeitura andam esperneando. Mas eles não dariam voto a Pazolini, e o conforto continua.