A trajetória da política LGBTI+ é caracterizada por batalhas e vitórias significantes ao longo dos anos. O movimento em prol dos direitos LGBTI+ teve início no fim do século XIX e se fortaleceu ao decorrer do século XX, com eventos como a Revolta de Stonewall em 1969, que é tida como um marco na luta por direitos.
Historicamente, é importante lembrar que muitos países possuíam leis que criminalizavam pessoas apenas pela sua orientação sexual e/ou identidade de gênero e, em certos locais, tais leis ainda estão em vigor. A revogação destas leis tem sido conquistas cruciais para a população LGBTI+.
Além disso, é válido destacar a luta e a vitória em prol do casamento igualitário, o reconhecimento da identidade de gênero, entre outras conquistas.
Esses são apenas alguns dos pontos chave na história das batalhas por direitos e igualdade para a população LGBTI+ ao redor do mundo. Relembrar toda essa jornada é o passo primordial para avançar e compreender sua relevância nos dias de hoje.
A história da luta por direitos não pode ser discutida sem considerar a relevância do engajamento do movimento social na formação da política LGBTI+. Sua atuação possui uma grande importância e impacto, especialmente nos órgãos de representação de direitos, locais cruciais para a promoção da igualdade, fortalecimento e conscientização em relação às questões que continuam afetando a população LGBTI+.
É primordial trazer a luz o Tripé da Cidadania LGBTI+, que tem como objetivo promover a cidadania e os direitos humanos da população LGBTI+. Sua estrutura, composta por um conselho, um órgão gestor e um plano, demonstra um esforço para abordar a temática de forma abrangente.
No entanto, sua efetividade depende da implementação prática e da garantia de recursos, estrutura e participação efetiva das pessoas LGBTI+ em todas as etapas.
Apesar dos avanços nas discussões sobre a relevância dessas políticas públicas, a discriminação e o preconceito ainda representam obstáculos que impedem que os indivíduos LGBTI+ alcancem plenitude em suas vidas e atinjam seu potencial máximo.
Um dos grandes desafios para o acesso de pessoas LGBTI+ aos serviços de saúde, educação, assistência dentre outros das redes, estão direcionados a discriminação e estigmas, a falta de formação técnica dos profissionais para lidar com as necessidades específicas da população LGBTI+,que ocasionam na resistência da pessoa se direcionar até os serviços públicos.
Dessa forma, a falta de acolhimento necessário e o abuso contra pessoas LGBTI+, dificultam ainda mais o acesso as redes de serviços, ocasionando na evasão escolar, impacto severo na saúde física, mental e social das pessoas.
É essencial ponderar sobre a necessidade de estabelecer uma política de proteção de direitos entre o governo e a sociedade civil, sendo essa uma peça-chave para que as pessoas LGBTI+ vivenciem plenamente a plenitude simbólica da vida.
Finalizamos refletindo que é impossível imaginar o retrocesso aos tempos em que a liberdade de uma vida digna não está garantida para todas as pessoas. E é nesta perspectiva que se insere a representação política LGBTI+ como medida alinhada às necessidades sociais que reflete o fim da tolerância à violência e ao estigma com base no gênero e na orientação sexual.