A coluna da semana de Napoleão vai inovar. Não vamos falar dos políticos e de suas estratégias, acordos, alianças e contradições. Vamos falar de um político, e conselheiro de políticos, do Século XVII. Trata-se do italiano Cardeal Mazarino. No entanto, foi na França que ele fez sua exitosa carreira. Tornou-se homem de confiança do Cardeal Richelieu que lhe concede cidadania francesa, em seguida lhe dá o título de Cardeal e o convida para ingressar no serviço de Luis XIII.
Antes de citar seus principais ensinamentos, faço a mesma advertência do livro sobre ele: Breviário dos Políticos. Há poucas provas deste compêndio ter sido escrito do próprio punho do Cardeal Mazarino. As reflexões, nomes e fatos citados levam à conclusão que, se não foi o próprio, seguramente foi um observador muito próximo dele. Passemos às suas máximas.
- Aprende a vigiar todas as tuas ações e não relaxe jamais na vigilância. Anota cada um dos teus defeitos e vigia-te.
- Se amargas alguma ofensa de alguém, silencia. Não faça nada que traia sua cólera.
- Louve as pessoas que vivem uma aflição, as console, pois é nestas circunstâncias que se deixa escapar os pensamentos mais secretos e os mais bem guardados.
- O homem astuto é frequentemente reconhecido por sua doçura fingida, o nariz curvo e o olhar cortante.
- Não confie em um homem que promete com facilidade: é um mentiroso e um velhaco.
- Desconfia dos homens pequenos, pois eles são teimosos e presunçosos.
- Obterás sempre muitas informações dos jovens e velhos senis acerca de qualquer assunto.
- Cada vez que aparecer em público, conduza-te de modo irrepreensível, pois um só erro tem frequentemente arruinado uma reputação de forma definitiva.
- Finja humildade, ingenuidade, familiaridade, bom humor. Cumprimente, agradeça, seja disponível mesmo a quem nada fez por merecê-lo.
- Evita toda mudança radical dos teus hábitos, mesmo que seja para melhorá-lo. E não se deixe levar pela cólera.
Como já informei, essas “reflexões” foram retiradas do livro BREVIÁRIO DOS POLÍTICOS.
“Sabei escutar, e podeis ter a certeza de que o silêncio produz, muitas vezes, o mesmo efeito que a ciência”
(Napoleão Bonaparte)